A textura ou granulometria refere-se à proporção de argila, silte e areia do solo. Dessas frações, a argila é a que possui maior superfície específica e é de natureza coloidal com alta retenção de cátions e adsorção de fósforo. A fração argila representa a maior parte da fase sólida do solo e é constituída de uma gama variada de minerais (minerais de argila) que apresentam cargas elétricas negativas responsáveis pela capacidade de troca de cátions (CTC).
Não só a classificação do solo depende diretamente do teor de argila ao longo do perfil, mas também o manejo de solo. Na classificação do solo no nível hierárquico de ordem examina-se o gradiente textural como um dos itens principais; e o manejo do solo (doses de fertilizantes, corretivos e herbicidas) depende do grau de compactação, da disponibilidade de água e da capacidade de troca de cátions da fração argila.
Nos solos do Brasil o teor de silte geralmente não são elevado exceto para a maioria dos Cambissolos. Os solos arenosos apresentam menor disponibilidade de água ao longo do perfil, mas não significa que os solos argilosos ou muito argilosos possuem a maior disponibilidade hídrica. Pois, os Latossolos ácricos possuem elevado teor de argila e são muito ressecados por causa da forte microagregação da argila, que é consequência do elevado grau de floculação dessa fração.
Os teores de areia fina quando são muito maiores do que os de areia grossa contribuem para o aumento da disponibilidade de água no perfil. Na escala de Atterberg, a argila corresponde a partículas de diâmetro < 0,002 mm; o silte 0,002 - 0,02 mm; a areia fina de 0,02- 0,2 mm; e a areia grossa de 0,2-2,0 mm. A figura 1 apresenta os intervalos de argila e a respectiva classificação do solo.
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