Follow Us @soratemplates

21 de dez. de 2012

A cultura do Milho

01:58 0 Comments

Um breve resumo sobre a cultura do milho, lembrando que este material é apenas para consulta, não deve ser copiado. Espero ter ajudado.


Milho

O milho cultivado atualmente é descendente de uma gramínea muito parecida com ele, o Teosinte, que é uma planta com várias espigas sem sabugo. O milho tem como centros de origem o México e a Guatemala, possuindo atualmente cerca de 250 raças. A produção dessa gramínea está concentrada no centro-sul do país, tendo como, principais produtores as regiões do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Dentro da classificação botânica, o milho é uma gramínea da família Poaceae, subfamilia Panicoideae, tribo Maydeae, gênero Zea e espécie Zea mays L. O milho é uma planta herbácea, anual, ou seja, completa seu ciclo em cerca de 120 a 150 dias, monóica, pois possuem as flores masculinas e femininas na mesma planta, porem em locais diferentes. É uma planta alógama, isto é, possuem reprodução cruzada, com apenas 5% de autofecundação. Possui sistema radicular fazciculado, folhas largas e dispostas alternadamente no caule e frutos que variam de redondos a enrugados com a  coloração amarelada
O desenvolvimento do milho é separado por estádios, sendo dividida em estádios vegetativos (V) e reprodutivos (R). O primeiro estádio vegetativo é denominado de Ve (Emergência), seguido dos estádios, V1 (1ª folha desenvolvida), V2 (2ª folha desenvolvida), V3 (3ª folha desenvolvida), V6 (6ª folha desenvolvida), V9 (9ª folha desenvolvida), V12 (12ª folha desenvolvida), V15 (15ª folha desenvolvida), V18 (18ª folha desenvolvida) e Vn que representa a ultima folha desenvolvida antes do pendoamento (Vt). Com aproximadamente 9 a 10 semanas após a emergência das sementes, inicia-se o estádio reprodutivo, o qual, tem inicio com o Florescimento (R1), seguido de grão leitoso (R2),  grão pastoso (R3), Grão farináceo (R4), Grão farináceo-duro (R5) e finalmente a maturidade fisiológica (R6).
O milho apresenta dois tipos de cultivares distintas, os híbridos e as variedades, a grande diferença entre eles, além do poder aquisitivo, é que as sementes das variedades podem ser cultivadas novamente sem ocorrer segregação, o que não ocorre no caso dos híbridos, onde após cada colheita o produtor deve adquirir novas sementes para o plantio. Os híbridos são classificados em: hibrido simples (Ht), hibrido duplo (HD), hibrido triplo (HT), hibrido simples modificado (HSm) e hibrido triplo modificado (HTm). O hibrido simples é obtido através do cruzamento de duas linhagens puras (AAxBB), o hibrido duplo é resultante do cruzamento de dois híbridos simples (AAxBB) X (CCxDD), já o cruzamento de um híbrido simples (AAxBB) com uma linha pura (CC) dá origem a um híbrido triplo. Para a escolha do tipo de semente a ser cultivada deve-se verificar algumas características, tais como, adaptação à região, produtividade e estabilidade, ciclo, tolerância às principais doenças comuns na região, entre outros.
Os fatores ambientais, tais como temperatura e umidade, tem grande influencia no desenvolvimento e na produtividade do milho.  Com relação à temperatura, na fase de germinação e emergência a mesma deve estar em torno de 25º C a 30º C, já no período de florescimento e maturação temperaturas acima de 26ºC podem causar a aceleração dessa fase e temperaturas inferiores a 15,5º C podem retardá-las.
Com relação a exigência hídrica, a cultura exige um mínimo de 350-500 mm de precipitação, sendo as fases mais críticas a de emergência, florescimento e formação do grão. A ausência de água pode acarretar em danos sérios a cultura, podendo causar, redução no vigor vegetativo; na altura da planta; na fertilidade do pólen e consequentemente na produção.

               O milho é uma planta de dias curtos com fotoperiodo de aproximadamente 12 horas por dia. Por ser uma planta C4, apresenta boas respostas ao aumento da intensidade luminosa, a redução dessa intensidade em 30 a 40%, poderá acarretar em atraso na maturação dos grãos aumentando assim o seu ciclo.


O plantio do milho deve ser realizado quando as condições climáticas assim permitirem, pois esse fator ambiental pode interferir diretamente no rendimento da cultura e conseqüentemente no lucro. No Brasil, ele é cultivado de acordo com a região, ocorrendo no período de Outubro a Novembro no Sudeste e Centro-Oeste, Março a Abril no Norte e Nordeste e de Dezembro a Janeiro no Sul.
O planejamento da lavoura deve ser muito bem feito, pois é ele quem vai determinar o sucesso da lavoura. A profundidade do plantio deve ser de acordo com o tipo de solo, em solos arenosos a semente deve ser plantada com cerca de 5 a 8 cm, já em solos argilosos a mesma deve ser cultivada de 3 a 5 cm. A densidade de plantio deve ser realizada de maneira minuciosa, pois pequenas variações podem acarretar em perdas da produtividade, que é determinada pela cultivar, pelas condições edafoclimáticas do local e o manejo utilizado. Em lavouras mecanizadas o recomendável é a utilização de espaçamentos entre linhas de 40 a 50 cm e no modo convencional de 80 cm, resumidamente um estande ideal é aquele que comporta cerca de 30 a 90 mil plantas/hectare.
O cultivo de milho pode ser realizado de duas maneiras: convencional e plantio direto. No método convencional, são utilizados arados e grades aradoras para o preparo do solo, na profundidade de 25 a 35 cm.  O plantio direto no milho, em sua grande maioria, é realizado após o cultivo da soja, esse sistema visa a implantação da cultura sem a necessidade de revolver o solo, mantendo-o sempre coberto com a palhada com o intuito de reduzir o impacto das gotas das chuvas, o escorrimento superficial e conseqüentemente a erosão. Para a implantação do sistema de plantio direto é utilizada a semeadora-adubadora a qual tem a funções de cortar a palha; abrir sulco com pequena remoção de solo e palhas; dosar fertilizante e sementes; depositar fertilizante e sementes em profundidades adequadas; cobrir sementes com solo e palha e compactar o solo lateralmente à semente, esse tipo de maquina é utilizada porque mobilizam o mínimo de solo possível, apenas nas linhas de semeadura, ao contrario do plantio direto onde o revolvimento do solo é intenso. As vantagens do cultivo direto em relação ao convencional são: aumenta a quantidade de matéria orgânica no solo, aumenta a disponibilidade de água para as plantas, melhora as características físicas do solo, auxilia no controle de plantas daninhas entre outras.
O milho fica pronto para a colheita a partir da maturação fisiológica do grão, ocorre normalmente quando a umidade do grão esta entre 18 a 22%. A colheita pode ser realizada manualmente, a qual é utilizada na agricultura familiar e mecanizada, utilizada por produtores com áreas de cultivo mais extensas. Na colheita mecanizada existem quatro tipos de perdas, as quais são: perdas na pré-colheita, na plataforma, de grãos soltos e de grãos no sabugo. Após a colheita o milho passa pelo processo de secagem, se necessário, e armazenamento. A secagem irá depender do grau de umidade do grão de milho no momento da colheita para que se tenha maior segurança no armazenamento do produto. O armazenamento pode ser realizado de diversas formas, sendo elas: a granel, em sacarias ou na própria espiga. O armazenamento a granel é a maneira mais comum de armazenar milho e pode ser em silo aéreo e subterrâneo, a umidade necessária para esse tipo de armazenamento é de no máximo 20% em silo aéreo e 12 a 13% em silo subterrâneo.
O maior produtor de milho mundial são os Estados Unidos, o Brasil é atualmente o terceiro maior produtor, sendo cultivado principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, onde o estado do Paraná é o maior produtor do país. A produção brasileira é suficiente para atender ao consumo do país, sendo assim, exportado o excedente. O consumo de milho no país é realizado pela avicultura, suinocultura, pecuária, consumo humano e industrial, entre outros.
Para a comercialização do grão de milho é necessário que se faça uma padronização de suas características, sendo assim, ele é classificado em grupos, classes e tipos, de acordo com a sua consistência, coloração e qualidade. Segundo a sua consistência o milho é classificado em: duro, mole,semiduro e misturado. De acordo com a coloração sua classificação é: Amarelo, Branco e Mesclado e segundo a sua qualidade é classificado por tipos, sendo eles: Tipo I, Tipo II e Tipo III. O milho que não se enquadrar em nenhuma dessas classificações serão considerados como abaixo do padrão.

13 de dez. de 2012

Vídeo: Novo Código Florestal.

16:01 0 Comments
Vídeo muito interessante sobre o novo código florestal exibido na TV Cultura. Acho muito importante que as pessoas que fazem Agronomia ou qualquer curso das Ciências Agrárias que conheçam esse Novo Código e defendam a suas opiniões sobre o mesmo.