A princÃpio, o solo é constituÃdo de partÃculas minerais de diferentes tamanhos (frações granulométricas). A textura do solo corresponde à proporção relativa das frações granulométricas existentes em um solo. Ou seja, o quanto se tem de areia, silte e argila em uma amostra de solo.
Segundo LEPSCH (2002), quando se separam os constituintes minerais unitários dos pequenos torrões, verifica-se que o solo é constituÃdo de um conjunto de partÃculas individuais que estão,em condições naturais, ligadas umas à s outras. Essas têm tamanhos bastante variados: algumas são suficientemente grandes para observação a olho nu, outras podem ser vistas com o auxÃlio de lentes de bolso ou microscópio comum, enquanto as restantes podem ser observadas com o auxÃlio de microscópio eletrônico.
Já de acordo com EMBRAPA (2003), a textura do solo corresponde à proporção relativa em que se encontram os diferentes tamanhos de partÃculas, em determinada massa de solo. Refere-se, especificamente, à s proporções relativas das partÃculas ou frações de areia, silte e argila na terra fina seca ao ar (TFSA). Consiste na propriedade fÃsica do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo. Possui tamanha relevância na irrigação pois tem influência direta na taxa de infiltração de água, na aeração, na capacidade de retenção de água, na nutrição, como também na aderência ou força de coesão nas partÃculas do solo. Os teores de areia, silte e argila no solo influem diretamente no ponto de aderência aos implementos de preparo do solo e plantio, facilitando ou dificultando o trabalho das máquinas. Influi também, na escolha do método de irrigação a ser utilizado.
Para simplificar as análises, principalmente em relação às práticas de manejo, os solos são agrupados em três classes de textura:
- Solos de Textura Arenosa (Solos Leves) – Possuem teores de areia superiores a 70% e o de argila inferior a 15%; são permeáveis, leves, de baixa capacidade de retenção de água e de baixo teor de matéria orgânica. Altamente susceptÃveis à erosão, necessitando de cuidados especiais na reposição de matéria orgânica, no preparo do solo e nas práticas conservacionistas. São limitantes ao método de irrigação por sulcos, devido à baixa capacidade de retenção de água o que ocasiona uma alta taxa de infiltração de água no solo e conseqüentemente elevadas perdas por percolação;
- Solos de Textura Média (Solos Médios) – São solos que apresentam certo equilÃbrio entre os teores de areia, silte e argila. Normalmente, apresentam boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e Ãndice médio de erodibilidade. Portanto, não necessitam de cuidados especiais, adequando-se a todos os métodos de irrigação;
- Solos de Textura Argilosa (Solos Pesados) – São solos com teores de argila superiores a 35%. Possuem baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água. Esses solos apresentam maior força de coesão entre as partÃculas, o que além de dificultar a penetração, facilita a aderência do solo aos implementos, dificultando os trabalhos de mecanização. Embora sejam mais resistentes à erosão, são altamente susceptÃveis à compactação, o que merece cuidados especiais no seu preparo, principalmente no que diz respeito ao teor de umidade, no qual o solo deve estar com consistência friável. Apresentam restrições para o uso da irrigação por aspersão quando a velocidade de infiltração básica for muito baixa (EMBRAPA, 2003).
Fonte: http://marianaplorenzo.com/2010/10/15/pedologia-textura-do-solo/