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4 de out. de 2013

ANTRACNOSE FEIJOEIRO

Antracnose 

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum, apresenta ampla distribuição no Brasil, especialmente nas Regiões Sul e Sudeste e em áreas serranas como as da região sul de Minas Gerais. Nessa região, as ocorrências freqüentes de temperaturas moderadas, aliadas à alta umidade, favorecem o desenvolvimento da doença.
As perdas causadas pela antracnose são mais severas quando a doença ocorre no início da cultura. Se as condições ambientais forem favoráveis ao desenvolvimento do patógeno, as perdas podem chegar a 100%, além de provocar a depreciação da qualidade dos grãos.

Sintomas
Os sintomas da antracnose são visualizados em todas as partes da planta (Figura 1). Se forem utilizadas sementes contaminadas pelo patógeno, lesões marrom-escuras ou negras podem ser observadas nos cotilédones logo após a emergência das plântulas. No caule e no pecíolo, as lesões têm formato elíptico, são deprimidas e escuras. Nas folhas, os sintomas mais característicos são observados na face inferior das folhas, como um escurecimento ao longo das nervuras, podendo também ocorrer necrose nas áreas adjacentes às nervuras. Nas vagens, onde os sintomas são mais típicos e fáceis de serem observados, ocorrem lesões arredondadas, de coloração escura, deprimidas e de tamanho variável. No centro das lesões pode aparecer uma massa de coloração rósea ocasionada pela produção de esporos do fungo. Algumas vagens podem chegar a murchar e secar. As sementes infectadas apresentam lesões escuras e deprimidas, de tamanhos variáveis.



                                          Fig.1. Sintomas de antracnose em folhas,                                     vagens e grãos do feijoeiro.

                               Foto: Carlos A. Rava
                                  Embrapa Arroz e Feijão

Epidemiologia
As condições favoráveis ao desenvolvimento do patógeno da antracnose são as temperaturas moderadas, entre 15oC e 22oC, associadas à alta umidade relativa do ar, por um período de seis a nove horas. O patógeno sobrevive em restos de cultura e no interior das sementes, o que possibilita sua transmissão de um plantio para outro e para longas distâncias. Pode também ser transmitido pelo vento e por respingos de água de chuva.

Controle
A utilização de sementes sadias e tratadas com fungicidas é uma estratégia importante e eficiente para o controle da antracnose. Contudo, a forma mais econômica de controle dessa doença é a utilização de cultivares resistentes, razão pela qual os programas de melhoramento do feijão no Estado têm como um de seus principais objetivos a obtenção de cultivares resistentes ao C. lindemuthianum.
Outras alternativas para conter a antracnose são o controle químico com fungicidas (Tabela 1) e a rotação de culturas, que reduz o inóculo inicial que sobrevive no solo.


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